Rápido crescimento e alto valor comercial fazem desta espécie de peixe uma ótima opção para a piscicultura em várias regiões do país |
A fauna
aquática amazônica abriga milhares de espécies de peixes - fonte tradicional
de proteínas para as comunidades indígenas e populações ribeirinhas. A pesca
sempre foi feita em regime extrativista, para consumo local. A piscicultura,
porém, vem crescendo na região e, graças a técnicas modernas de cultivo em
cativeiro, várias espécies do cardápio local passaram a ser introduzidas e
comercializadas em outras áreas do país. É o caso do matrinxã, peixe de
escamas, coloração prateada, corpo alongado, capaz de atiangir 80 centímetros
de comprimento e cinco quilos de peso, encontrado nas bacias amazônica e
Araguaia-Tocantins. Tem nadadeiras alaranjadas, mas a da cauda é escura. Seus
dentes são pontiagudos e dispostos em várias fileiras. Peixe do gênero
Brycon, do qual também fazem parte a piracanjuba, a pirapitinga, a
pirapitanga e a piabanha, vive em rios de águas claras, principalmente junto
a pedras e troncos submersos, alimentando-se de frutinhas, sementes, insetos
e pequenos peixes. Sua carne é muito apreciada pelos consumidores, apesar da
espinha excessiva. Restaurantes e pesque-pague são bons canais de venda para
quem os cria. Na Amazônia, os piscicultores manejam o matrinxã em canais de
igarapés. Seu manejo é relativamente fácil, posto que se adapta bem em águas
correntes e limpas. A espécie ainda tem a vantagem de resistir a águas mais
frias e ácidas. Pela tolerância a áreas de altas densidades, possui ótimo
crescimento em sistemas de cultivo. Em um ano, devido a sua boa conversão
alimentar, a espécie chega a atingir de 800 gramas a 1,2 quilo de peso. Tais
características classificaram o matrinxã como recomendado para criatórios
desenvolvidos pela agricultura familiar.
Contudo,
a baixa oferta de alevinos é um fator que dificulta a expansão da atividade
de criação do matrinxã. Além de a desova concentrar-se apenas nos meses de
outubro a fevereiro, esse peixe tem de vencer um importante desafio logo que
nasce. Nas primeiras 36 a 72 horas de vida, espécies do gênero Brycon
praticam o canibalismo, cujo comportamento, se não for inibido, pode levar a
uma grande redução da população dos peixinhos. Também por esse fato, o preço
de venda de alevinos é alto, oscilando entre R$ 300 e R$ 400 o milheiro.
A melhor isca para pescar matrinxã é indicado o uso de Lambaris ou isca artificiais spinner. |
Qual a melhor isca para pescar matrinxã?
ResponderExcluirA melhor isca para pescar matrinxã é indicado o uso de Lambaris ou isca artificiais spinner.
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