A leveza, o conforto e a resistência
são fatores importantes na hora de decidir pelo melhor equipamento
A vara é um
artigo utilizado para auxiliar o arremesso de iscas, bem como o trabalho com um
peixe fisgado, podendo ser natural, como o bambu, ou industrializado em fibras
(fibras de vidro, boron, epóxi, carbono, etc.), ou até mesmo a combinação
destes, com o objetivo de melhorar a sua performance. O importante é que estas
matérias e seus compostos vão dar origem a varas de ação mais leve ou mais
pesada, que poderão ser mais ou menos flexíveis.
Características
•
Resistência – A resistência de um caniço é medida internacionalmente em libras.
Esta resistência é uma forma utilizada para medir e expressar a dureza de uma
determinada ação.
• Ação –
Indica o ponto em que a vara começa a vergar sob uma dada força. Desta forma,
podemos definir se o equipamento é de ação rápida, moderada ou lenta. Assim
sendo, caniços com a mesma resistência podem ter diferentes ações.
• Poder ou
força – Essa referência determina a capacidade de força da linha em que as
varas suportam trabalhar os pesos de arremessos.
• Capacidade
de peso e resistência de linhas – essa referência determina a capacidade mínima
e máxima da linha com que se pode trabalhar. A mínima especifica qual a linha mais
fraca que pode ser utilizada sem o risco de quebrar a vara. Por exemplo, em
varas médias (medium), para linhas de 10 a 14 libras, não se deve colocar na
carretilha ou molinete linhas abaixo de 10 libras (4,05 kg). Isso corresponde
aproximadamente às linhas de 0,30 mm a 0,35 mm. As variações entre as medidas
dos diâmetros (em frações de milímetros) e a libragem (em libras) devem-se a
produtos com a mesma espessura, mas resistências diferentes. Linhas mais
resistentes que o máximo indicado na vara podem partir, caso um peixe grande
seja fisgado. Para efeito de cálculos, uma libra (1libra) = 453,59 gramas. Para
o exemplo acima, multiplica-se 14 lbs x 0,45359 kg = 6,3 kg
.
Escolha
Os fabricantes usam hoje diferentes matérias-primas para
fazer varas. As ligas de carbono permitem que elas sejam cada vez mais leves e
resistentes. Todas as pesquisas para chegar a esses resultados são feitas para
oferecer mais comodidade e menos esforço aos consumidores.
Depois das conhecidas varas de bambu, muitas vezes
preparadas pelos próprios pescadores, surgiram as de fibra de vidro maciças,
que oferecem resistência, mas não muita sensibilidade, além de serem pesadas.
Em seguida, elas passaram a ser ocas e também essa matéria-prima foi primeiro
misturada a poliéster e depois ao carbono.
As mais modernas têm, na composição, tipos de carbono de alta
tecnologia, denominados IM 6, IM 7, IM 8, HM, etc. Os blanks são os corpos das
varas e a maioria têm processo de fabricação extremamente técnico e preciso.
Melhor opção
Com certeza, as varas são um dos mais importantes
componentes do equipamento e, combinados com linhas corretas, reduzem riscos de
praticar o esporte. Quem já não passou pela difícil situação de encarar uma
variedade de varas, de todos os tamanhos, libragens e materiais e,
principalmente, a variedade de preços em uma loja?
A leveza, o conforto e a resistência estão entre as
principais vantagens. Entretanto, é incorreto acreditar que as baratas e comuns
não oferecem bons resultados. Para quem usa iscas artificiais, porém, quanto
mais leve for o conjunto, menos cansa. Como exemplo, em um só dia de pesca,
pode-se arremessar mais de 600 vezes. Imagine isso com os pesados molinetes ou
carretilhas, vara maciça e cabo de madeira?
O primeiro item a ser escolhido no planejamento é a vara.
Logo em seguida, vem a opção de linha. No passo seguinte, observe, no ponto das
varas próximo ao cabo onde se prende a carretilha ou o molinete, marcações
determinando a linha ideal. Caso a vara seja, por exemplo, uma que comporte
linha de 12 a 20 libras, indica-se uma linha de 17 libras (7,7 kg), com
diâmetro de aproximadamente 0,28 mm.
Classificações
As varas foram classificadas quanto aos comprimentos, pesos
de arremesso, poder ou força, capacidade de peso e resistência das linhas e
ações. Em seguida, veremos ações:
– Ultra lights (UL) ultraleves:
Comportam linhas de até 6 lbs (2,7 kg) e iscas de até 6 g
(1/32 a 3/16 oz). Excelente para pesca de lambaris, pequenas tilápias, trutas,
escrivões, manjubas, saicangas e peixes de pequeno porte.
– Lights (L) leves:
Devem ser usadas com linhas de 6 lbs (2,7 kg) até 12 lbs
(5,4 kg) e iscas de 4 g a 11 g (1/4 a 3/4 oz). Excelente para a pesca de peixes
como tilápias, matrinxãs, tabaranas, robaletes, pequeno black bass e betaras.
– Médium (M) médias:
Para linhas de 10 lbs (4,5 kg) a 14 lbs (6,4 kg) e iscas de
7 g a 21 g (1/4 a 7/4 oz). Excelente para peixes do porte como robalos, black
bass, traíras, sargos, piraputangas, carpas, pequenos tucunarés e pacus.
– Heavy (H) pesadas:
Voltadas a linhas de 16 lbs (7,2 kg) a 30 lbs (13,6 kg) e
iscas de 11 g a 28 g (3/8 a 1 oz). Excelentes varas para pesca de peixes com o
porte de jaús, pirararas, meros, badejos, grandes garoupas, grandes pintados,
dourados do mar, pirarucus e cações.
– Musky:
O nome de um peixe barra pesada dos EUA, que são peixes
ultra pesados. Especiais para linhas acima de 35 lbs (15,9 kg) e iscas de 40 g
a 300 g. Excelente para peixes do como atuns, piraíbas, grandes jaús e meros.
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